Por uma história transnacional dos festivais de música popular. Música, contracultura e transferências culturais nas décadas de 1960 e 1970
Resumo
Marcadores geracionais e verdadeiros lugares de memória, os festivais de música popular tiveram um papel de destaque na criação de uma cultura musical transnacional durante a segunda metade do século XX. Dedicados ao jazz, à canção, ao rock ou às músicas pop, esses encontros reuniram um vasto público, se beneficiaram de uma midiatização inédita e favoreceram as transferências culturais entre diversas áreas culturais. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, em Viña del Mar e na cidade do México, em Dacar e na ilha de Wight, em Monterrey, Montreux e Juan-les-Pins, os festivais consagraram novos ícones musicais e definiram um lugar para a formação de uma cultura jovem, em ruptura com a ordem estabelecida, para a qual a música constituiu um elemento federativo no nível internacional. Focada no período imediatamente anterior à descoberta da world music pelo público ocidental, a pesquisa pretende retraçar a gênese e a evolução dos festivais de música popular a partir de três eixos problemáticos: 1) a invenção de uma “forma festival” distinta das práticas tradicionais do recital e do concerto; 2) a dimensão econômica, política e estratégica desses encontros internacionais; 3) as transferências culturais e apropriações musicais permitidas por tais manifestações.
Palavras-chave
Festivais de Música Popular. Contracultura. Globalização Cultural.
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