Paris N’América: migração da moda em Belém do Pará
Resumo
Francisco de Castro, comerciante português foi o primeiro a trazer o luxo da França e fazer com que isso transbordasse pelas ruas de Belém de forma intensa, num magazine denominado Paris N’América, localizado na Rua Santo Antônio, nº 132. O ecletismo será o símbolo da modernidade na representação arquitetônica das mudanças de comportamento trazidas pela riqueza do ciclo da borracha. A construção se beneficiava de novas técnicas e materiais, adotava novas maneiras de implantação e organizava-se de maneira diferenciada nos interiores. O artigo visa apresentar o resultado de pesquisa sobre imigração advinda na época da Belle Époque em Belém do Pará. Fase notadamente marcante com grande influência europeia através importação de materiais onde é possível entender a importância da imigração.
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É importante destacar que uma das funções atribuídas ao consulado era apoiar os comerciantes, favorecendo a circulação de produtos portugueses nos locais em que estes órgãos se encontrassem, como se pode depreender da regulamentação consular: “deverá o funcionário consular prestar os seus bons officios, aos comerciantes, caixeiros e demais agentes que, residindo ou viajando no districto consular ahi procurarem receber ou satisfazer encomendas de gêneros portugueses proporcionando-lhes quaisquer esclarecimentos que possam facilitar o exito da sua missão”.
Embora não configure nos documentos de embarque da maioria dos portugueses que migravam, esse era o setor da economia mais desejado pelos lusitanos que chegavam ao Pará. Em seus variados níveis, desde os grandes negociantes de grosso trato até o pequeno trabalhador do comércio, como caixeiros, os negócios comerciais mantinham um espectro sedutor para com os imigrantes lusitanos (GUIMARÃES, 2018, p. 127).
[...] butiques que reuniam mercadorias diversas – que se resumiam [...] aos tecidos e objetos de luxo – drapeados, forros para decoração, botões, luvas e peças confeccionadas, como robes de chambre, xales e, ocasionalmente, acessórios, sombrinhas e armarinhos (BONADIO, 2008, p. 48).
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